Dicas
LIVRE DA ACNE
O QUE É ACNE? É uma doença de pele causada por uma obstrução dos poros associada ao excesso de produção de sebo (gordura). O acúmulo de sebo libera substâncias que irritam a pele, o que é denominado acne. Pode aparecer no rosto, costas, bumbum, tórax. Ela pode ser dividida em quatro graus: GRAU I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas). GRAU II: cravos e espinhas pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas). GRAU III: cravos, espinhas pequenas, lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos). GRAU IV: cravos, espinhas e grandes lesões císticas com muita inflamação, saída de pus e aspecto desfigurante. Representa a forma grave da doença. GRAU V: quadro raro e grave. O paciente apresenta febre, dor nas articulações, perda de apetite. Pode ocorrer necrose das lesões (morte do tecido). Há risco de seqüelas graves (marcas, cicatrizes) graves. AS CAUSAS: Elas variam entre bactérias, herança genética, hormônios, estresse, ansiedade, entre outros. “Quem tem a pele oleosa possui mais propensão a desenvolver acne, pois tem glândulas maiores e produz mais gordura (sebo)”. PELE OLEOSA: “Para evitar o apararecimento de cravos e espinhas, é preciso lavar corretamente o local com sabonetes específicos para esse tipo de pele à base de ácido salicílico, zinco, ácido glicólico ou enxofre. E lave apenas duas vezes ao dia. Também é importante usar produtos tônicos ou adstringente de manhã para controlar a oleosidade e filtro solar à base de gel ou gel creme e cremes e géis à base de ácido retinóico e antibióticos. Esses cuidados devem ser seguidos por toda a vida”. AS CONSEQÜÊNCIAS: Quando olhamos o espelho e identificamos uma indesejada espinha, já ficamos de mau humor. Mas os casos graves da doença, muito comum na fase adolescência, podem provocar baixa auto-estima, timidez e depressão. Além do mais, a pele pode ficar marcada. DESDE O NASCIMENTO: A acne também aparece em bebês e crianças. A neonatal ocorre em recém-nascidos ou no segundo e terceiro meses de vida. Acredita-se que isso aconteça por causa da transferência de hormônios maternos através da placenta, que estimulam as glândulas sebáceas do recém-nascido, ou durante a amamentação. Em poucos meses a acne regride, não necessitando de tratamento. A infantil surge a partir do terceiro mês de vida e a causa ainda é desconhecida. Geralmente desaparece gradativamente em três anos, contudo, pode permanecer por vários anos. TRATAMENTO: O tratamento é prescrito de acordo com o grau de acne e geralmente costuma ser longo. Comumente é feito por meio de medicamento oral ou tópico. Em alguns casos o anticoncepcional funciona bem. Mas nos casos mais graves, é indicado a esotretinoina, substância derivada da vitamina A. Ela reduz o tamanho das glândulas sebáseas e ainda normaliza a queratina na abertura do folículo piloso (poros). Também é indicado o peeling secativo de ácido salicílico ou de ácido retinóico. “Outra novidade é a luz clear light, que é a aplicação de uma luz azul, que diminui a contaminação de bactéria na pele. A limpeza de pele é indicada apenas quando se tem apenas cravos”. Em seguida é preciso seguir as orientações do médico, como não se expor ao sol e fazer a quantidade de sessões recomendadas. O sol pode provocar manchas na pele, por isso, no outono/inverno é a época ideal. CUIDADOS NESCESSÁRIOS DURANTE E PÓS TRATAMENTO: É necessário usar filtro solar e hidratantes do tipo oil_free (sem óleo) diariamente. “Ter uma alimentação saudável, rica em vitaminas, proteinas, sais minerais, antioxidantes e com baixo índice glicêmico (alimentos que não aumentam a taxa de açucar no sangue) é o ideal. Ao verificar picos de açucar no organismo, a insulina rapidamente entra em ação para controlar as alterações. Essa dose extra de hormônio estimula a produção irregular de andrógeno, considerado o principal responsável pelo aparecimento da acne”, diz a dermatologista Leticia. VOCÊ SABIA? A ACNE É CONSIDERADA UMA DOENÇA PORQUE É UM DISTÚRBIO DE UMA GLÂNDULA, A SEBÁCEA. CAUSAM LESÕES INFLAMATÓRIAS E PODEM OCASIONAR INFECÇÃO MAIS GRAVES. 
DEPRESSÃO: A DOENÇA DO SÉCULO

Dr Bettina Moritz
A depressão é uma patologia classificada como um transtorno de humor que afeta até 20% da população, principalmente mulheres. É uma das patologias neuropsiquiátricas mais freqüentes no Ocidente, afetando mais de 240 milhões de indivíduos. É uma doença comum, crônica e recorrente, que frequentemente leva a incapacitação física funcional, onde o indivíduo acometido apresenta limitações nas atividades diárias e no bem-estar. Estima-se que cerca de 80% dos acometidos terão de 1 a 4 episódios de recorrência ao longo de suas vidas, mesmo após tratamento farmacológico.
No Brasil estima-se que mais de 54 milhões de indivíduos terão depressão em algum momento da vida, sendo que 7,5 milhões apresentariam episódios agudos e graves, com alto risco de suicídio .O indivíduo que sofre de depressão apresenta sintoma de humor deprimido ou anedonia, associados a 4 dos sintomas a seguir: falta de esperança, desespero, sentimento de culpa ou desvalia; modificações no peso e/ou apetite; agitação psicomotora ou letargia; fadiga ou falta de energia, pensamentos de morte ou ideações suicidas; dificuldade de concentração; além de insônia ou hipersonia, por pelo menos 2 semanas ou mais (American Psychiatric Association, 1994).
A causa parece ser atribuída a falta de substancias químicas no cérebro como serotonina e/ou dopamina e/ou noradrenalina, além de substancias importantes na formação destas substancias, são elas vitaminas do complexo B , como acido fólico – encontrado em vegetais verde-escuros, frutas vermelhas; vitamina B12- encontrada na carne vermelha, mas que também pode ser produzida no seu intestino, vitamina E – presente nas castanhas, nozes, amêndoas, abacate, entre outras. Além disso, minerais como o cromo, participam como cofator nos receptores de serotonina, e na sua deficiência podem diminuir a ação desta no cérebro, levando a depressão. Omega-3 também tem demonstrado melhorar a depressão por melhorar a comunicação entre as células (presente no peixe e linhaça), entre outros vários nutrientes.
Colesterol

Dra Daniela Seixas
Nutrição e dislipidemias
O colesterol é uma molécula (um esteróide) essencial para o funcionamento do organismo: faz parte das membranas das células e é necessário para a síntese de diversos hormônios. Por ser uma molécula não solúvel em água, o colesterol é transportado no sangue por moléculas denominadas lipoproteínas. As duas principais lipoproteínas que são dosadas nos exames são o LDL colesterol e o HDL colesterol. O LDL colesterol transporta o colesterol até os tecidos enquanto que o HDL colesterol faz o contrário, remove o colesterol dos tecidos. O colesterol total é a soma de todas as lipoproteínas.
Apesar do colesterol ser indispensável, quando suas taxas no sangue estão elevadas, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, que são as que mais matam anualmente. Portanto é essencial manter o colesterol sob controle.
A nutrição possui um papel fundamental na prevenção e tratamento da hipercolesterolemia (aumento do colesterol). Se por um lado há alimentos que contribuem para o aumento do colesterol total e do LDL colesterol por outro lado há diversos alimentos que quando consumidos como parte de uma alimentação equilibrada, auxiliam na sua redução.
Fatores que aumentam o colesterol
Vários fatores contribuem para o aumento do colesterol, dentre eles a genética, o uso de medicamentos e o próprio estresse. O uso de antibióticos por exemplo pode ocasionar um desequilíbrio das bactérias intestinais, o que contribui para elevar o colesterol, tendo em vista que o metabolismo das bactérias probióticas (consideradas benéficas) é importante para manter o colesterol sob controle.
O estresse aumenta as taxas de cortisol, um hormônio que quando em altas quantidades contribui para taxas elevadas de colesterol no sangue. Estudos recentes têm demonstrado a relação entre estresse e aumento do colesterol.
Alimentos que contribuem para aumento do colesterol:
Gordura saturada e gordura trans
As gorduras não são todas iguais. Dentre os alimentos que contribuem para aumento do colesterol estão a gordura saturada, presente na parte gordurosa das carnes, no leite e derivados integrais e também no óleo de palma.
A gordura trans, encontrada em diversos produtos industrializados, produtos de panificação e em algumas margarinas também é extremamente prejudicial e contribui não somente para o aumento do LDL como redução do HDL. Quando no rótulo do alimento está escrito “gordura vegetal hidrogenada” significa que esse alimento possui gordura trans.
Leite e derivados
O leite e derivados (queijo, requeijão, ricota, iogurte) também podem aumentar o colesterol devido à presença da gordura saturada e também de uma proteína chamada caseína.
Café
No café existem duas substâncias denominadas cafestol e kahweol, que são diterpenos solúveis em gorduras. A quantidade destas moléculas presentes no café depende do método de preparo. O café filtrado em filtro de papel possui as menores quantidades. O café filtrado em filtro de pano possui quantidades médias enquanto que o café expresso possui as maiores quantidades.
Alimentos que contribuem para reduzir o colesterol
Gorduras
As gorduras mono e poliinsaturadas, presentes nas oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes), no abacate e no azeite de oliva não aumentam, mas sim reduzem as taxas de colesterol no sangue.
Fibras solúveis
O consumo regular de fibras solúveis contribui para a redução do colesterol. As frutas e vegetais em geral são fonte de fibras. A fibra de maracujá, a pectina e a aveia também são ricas em fibras solúveis. Dentre os produtos da aveia, o farelo de aveia possui as maiores quantidades. Ele pode ser adicionado às frutas, vitaminas e diversas preparações. É importante que o consumo de fibras seja aumentado gradualmente e sempre acompanhado do consumo de água ou outros líquidos.
Alho
O alho é outro alimento que deve ser incluído na dieta de pessoas que necessitam reduzir o colesterol. Ele pode ser consumido cru ou processado. Se processado, é importante que ele seja cortado ou amassado e fique repousando durante 10 minutos antes do aquecimento. Recomenda-se o consumo de 1 dente de alho/dia.
Antioxidantes
Os antioxidantes também são muito importantes para prevenir que o LDL colesterol se oxide, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Antioxidantes estão presentes nas frutas, vegetais e no chá, particularmente o chá verde. O suco de uva integral, os produtos derivados do tomate (molho, extrato) e o cacau são riquíssimos em antioxidantes e devem ser incluídos na dieta freqüentemente.
Ana Carolina C. Carone; Andréia F. Moura; Hannah M. Scielzo
Estagiárias de nutrição do programa Mais Saúde .
Casca do Maracujá e Diabetes

Programa Mais Saúde
Dra Solange M. J. Guertzenstein)
A convidada Solange M. J. Guertzenstein, cujo o mestrado foi com o desenvolvimento da casca do maracujá, começou o programa nos contando que, produtos lançados no mercado, foram testados anteriormente em estudos feitos em universidade públicas, pois elas têm mais tempo para a realização das pesquisas e o delineamento do estudo.
A idéia de estudar a casca do maracujá surgiu com o pensamento: “ ao invés de jogar fora, podemos utilizar a casca e desidratá-la para fazer farinha, aproveitando todas as partes do maracujá, com a polpa para seu uso habitual em sucos, vitaminas, etc” A casca do maracujá é rica em pectina (fibra presente na casca do próprio maracujá, da laranja, morango, e outras frutas).
A pesquisa foi feita em ratos num segundo momento (as chamadas pesquisas experimentais). Os ratos foram induzidos a ficar diabéticos. Em seguida, foi dada a casca do maracujá e avaliado o índice glicêmico dos ratinhos, ou seja, o nível de açúcar do sangue. Sempre lembrando que, a farinha da casca do maracujá é para ajudar a controlar o diabetes e não para substituir a medicação prescrita pelo médico.
Existem dois tipos de fibras: as insolúveis – não se dissolvem em água – e as solúveis – se misturam com água e formam um gel. As solúveis podem ser encontradas em frutas como maçã, pêra, bagaço da laranja. O ideal é ingeri-las pela manhã. As fibras solúveis são importantes para quem tem os níveis de glicemia altos, pois diminui a velocidade com que esse açúcar seja absorvido. Também podem ser ingeridas após as sobremesas, devido a esse efeito de diminuição da absorção. Além disso, também auxiliam na sensação de saciedade (se ingerido antes da refeição principal – almoço), sendo essencial para o controlar o peso, diminuindo a absorção de açúcares e gorduras.
Outro ponto importante é sobre o estresse emocional, pois é o cortisol (hormônio liberado no estresse) que contribui para a elevação da glicemia, e esses “picos” de glicemia, são perigosos à saúde.
Portanto, para evitar esses picos de glicemia, é fundamental manter uma alimentação equilibrada, variada, com alimentos integrais, fazendo um prato bem colorido e incluindo nas refeições a farinha da casca do maracujá!